quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Em Grupo ou Sozinhos?

A minha história com a corrida começou efectivamente de um modo solitário...

Nunca treinava acompanhado, pois para mim a corrida era um acto solitário, um momento só meu e dos meus auscultadores, no qual não cabia mais ninguém.

Os meus treinos decorriam sempre em Mafra, quer fossem pela madrugada (sim eu naquela altura já acordava pelas 5:30h para ir correr), quer fossem ao final do dia. Não tinha companhia, não por falta dela mas porque não me achava capaz de correr junto de atletas como os que via a voar ao passarem por mim...

Vim morar para Loures e continuei nesta senda de corrida solitária, tendo feito umas três incursões à Hora do Esquilo, isto no ano de 2013.

Entretanto parei de correr...

Em Outubro, quando regresso aos trilhos, volto ao meu modo de treino solitário, mas fruto de integrar uma equipa, os GO!Runners, comecei a partilhar os treinos mais longos com eles, tendo criado essa rotina de treino, principalmente aos fins-de-semana.

Voltei entretanto à Hora do Esquilo, partilhando do espírito do ninguém fica para trás, e sabe bem...

Entendo agora que estes dois momentos são essenciais para o meu treino, pois tenho o privilégio de partilhar os trilhos com pessoas com uma experiência enorme no mundo do trail, casos do Didier, Sommer, Conceição, Bruno Fernandes, Arede, entre tantos outros que convivem diariamente numa tribo pelas 6h da manhã no parque florestal do Monsanto, e que em momentos puxam por nós e nos fazem ser mais fortes...

A Vocês, Loucos por Trail Running, Esquilos, OBRIGADO por nos ajudarem a ser mais fortes e principalmente por partilharem os trilhos connosco.

Aos membros dos GO!Runners, Barreto, Noivo, Sousa, etc...por me terem voltado a por o gosto da corrida na boca...

À minha mulher, fantástica por facilitar o máximo possível que esta minha loucura saudável seja possível...

Os treinos são agora 75% acompanhados... Os restantes sozinho...

Em Grupo ou Sozinhos?



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Um olhar sobre o VII Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos

A história desta prova tem uma lesão... Ela deveria ter sido escrita na versão 55km (ou 57, 58 e qualquer coisa) mas não foi...

O pé direito demorou bastante a voltar ao sítio, pelo que, após quase dois meses parado e com sensivelmente um mês de treino, resolvi fazer o downgrade (perdoem-me o estrageirismo) para a versão 25km...

Estive toda a semana nervoso com voltar a uma prova, e logo nocturna, pois os riscos de repetir uma entorse seriam enormes...

A preparação foi feita essencialmente por trabalho de força, e séries em passadeira, sem grandes incursões por estrada ou trilhos, maioritariamente 10km com os sempre excelentes timoneiros da Hora do Esquilo, ou então no meu mais recente projecto com o O2 Life Center e a sua Running Academy, nunca tendo feito grandes distâncias para não sobrecarregar as articulações.

Foi dia também de testar as Salming Trail T1, o meu novo brinquedo, com um drop de 5mm, favorecendo o Natural Running, que tem vindo a ser, de forma progressiva, a minha forma de encarar a corrida no que diz respeito à passada, por todos os benefícios que traz...
Como se portaram? Passaram com distinção, tendo adorado a leveza e o conforto, quer nas partes mais rolantes (vários km a 4 e qq coisa), quer pelas ruelas de empedrado por onde passamos ou pelos single track empedrados e com raizes...

Aqui ficou já um pouco de que foi a prova...

Esta prova é realmente mágica... Não sendo o tipo de prova que mais gosto pois é muito rolante, tem uma beleza paisagística que vale por tudo, os trilhos, as ruelas, as gentes na rua a aplaudir, a magestosa e misteriosa Lagoa de Óbidos e por fim o seu Castelo...

A partida fez-se pelas 21:30h, tendo antes sido feito o briefing com a explicação das marcações, seguida de uma partida simbólica do alto do castelo, que presumo teria como objectivo ser em corrida até ao local da partida oficial, mas o número elevado de atletas (1300) e de visitantes da vila impediram esse feito.

Foi uma prova que teve abastecimentos em qualidade e quantidade necessárias. O único reparo que lhe faço foi as deficientes marcações... Nunca me tinha sentido tão perdido numa prova, mas admito que o defeito possa ser meu...

As sensações na prova foram boas, o treino de força esta a fazer o efeito que se pretende, mas no entanto faltou a corrida para fazer frente aos inúmeros estradões que caracterizam o trajecto.

Para a história 2:45h de prova com uma quebra brutal por volta do km 19... Obrigado ao Nuno Barreto pela companhia e ao Paulo Marques pelo picanço (tenho de correr mais, não é Paulo? :P) Ps: Tenho para mim que a culpa mora no dorsal do Filipe... :D mas isso são outros mil...

Do pé nem senti-lo..




Para o ano contarei voltar, desta feita para experimentar a magia dos 55 km...