segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Servidor em baixo...

Ninguém gosta de estar lesionado... Muito menos um atleta... E menos ainda um corredor, seja ele de trilhos ou de estrada... As lesões são fod#%@&€!!!!

Eu não me enquadro na vertente atleta, apesar de aspirar a um dia vir a ser um... Mas sou um corredor...

Adoro correr nos trilhos... Mas os meu tornozelos têm uma estranha atração pelas entorses... Ora no pé direito, ora no esquerdo... Raios!!! 

Falta de jeito? Talvez... Mas não atiro a toalha ao chão...

A parte pior de uma entorse é que está é invisível... Torces o pé... Dor... Bates com ele no chão duas ou três vezes... Doi pouco... Um trote... Está lá mas ignora-se... Corremos... Chegamos a casa, gelo... Voltamos a correr no dia a seguir e dói mas suporta-se.... E assim começamos um problema... A lesão está lá... Não foi inequívoca, não ficou negra, não inchou, não nos impediu de conduzir ou por o pé no chão... Não foi nada mas foi....

E demora tempo e exige trabalho para voltar... 

Após 20 dias de pausa voltei a treinar... Suave... Pés ligados... Trilho o mais liso possível e de modo lento (e eu não corro depressa)... Não foi mau... Vamos lá voltar outra vez...

As sessões de acupunctura com a Advance sports continuam e são elas que me possibilitam recuperar bem...

Agora tenho mais uma batalha para vencer... A preguiça aliada à gula de uma época que eu adoro... Daqui resulta uns pós a mais na balança, que pago caro cada vez que dou uma passada numa qualquer corrida...

Estou sentado, num ginásio, agarrado a um tablet, em vez de estar a nadar e treinar... Irónico e triste...

Amanhã é um novo dia... Que Mer&€!!!
                                  

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

39ª Meia Maratona de São João das Lampas

Esta foi a minha estreia nesta prova, que por sinal tem mais anos de existência do que eu de vida, o que por si só lhe confere um estatuto especial, mas sobretudo por ser umas das meias maratonasmais antigas do pais... (a segunda, informação que corrigi graças ao João Campos... Obrigado)

Há já alguns anos que ouvia falar desta prova e sempre tive receio para a ir visitar... Primeiro pela hora (não gosto muito de correr ao final do dia), segundo pelo heterónimo de São João das Rampas...

A minha preparação para o UTAX tem sido feita mormente em criar acumulado nas pernas pelo que um bom treino de ritmo seria essencial, e se com isso lhe juntasse uma ou outra subidinha... melhor ainda...(e não fui o único a pensar assim, dadas as caras conhecidas dos trilhos que encontrei)...

A prova não tem os participantes das meias das pontes, e ainda bem que não o tem, mas na minha opinião deveria ter mais umas 5 centenas de participantes, dado o envolvimento das "gentes da terra" neste acontecimento, por isso não percebo este aproximar de provas (corrida do Tejo)... Mentalidades...

Falando da prova em concreto... Tudo impecável... Tempo com calor mas nada insuportável (e o pormenor das mangueiras apontadas para a estrada é brutal e um sinal claro de envolvimento de uma comunidade), os abastecimentos de água (4 se não me engano) e o pormenor da melancia no fim, 3 postos de controlo... Tudo a fazer com que queira lá voltar para o ano... 

Quanto à minha prestação, fiz o treino que queria... Muito tempo na conversa, ataquei nas subidas, mantive nas rectas, abrandei no final (ainda sentia os 800+ em 14,5k do dia anterior), o que resultou em 1:43:55H.

Obrigado às Lampas... 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Em Grupo ou Sozinhos?

A minha história com a corrida começou efectivamente de um modo solitário...

Nunca treinava acompanhado, pois para mim a corrida era um acto solitário, um momento só meu e dos meus auscultadores, no qual não cabia mais ninguém.

Os meus treinos decorriam sempre em Mafra, quer fossem pela madrugada (sim eu naquela altura já acordava pelas 5:30h para ir correr), quer fossem ao final do dia. Não tinha companhia, não por falta dela mas porque não me achava capaz de correr junto de atletas como os que via a voar ao passarem por mim...

Vim morar para Loures e continuei nesta senda de corrida solitária, tendo feito umas três incursões à Hora do Esquilo, isto no ano de 2013.

Entretanto parei de correr...

Em Outubro, quando regresso aos trilhos, volto ao meu modo de treino solitário, mas fruto de integrar uma equipa, os GO!Runners, comecei a partilhar os treinos mais longos com eles, tendo criado essa rotina de treino, principalmente aos fins-de-semana.

Voltei entretanto à Hora do Esquilo, partilhando do espírito do ninguém fica para trás, e sabe bem...

Entendo agora que estes dois momentos são essenciais para o meu treino, pois tenho o privilégio de partilhar os trilhos com pessoas com uma experiência enorme no mundo do trail, casos do Didier, Sommer, Conceição, Bruno Fernandes, Arede, entre tantos outros que convivem diariamente numa tribo pelas 6h da manhã no parque florestal do Monsanto, e que em momentos puxam por nós e nos fazem ser mais fortes...

A Vocês, Loucos por Trail Running, Esquilos, OBRIGADO por nos ajudarem a ser mais fortes e principalmente por partilharem os trilhos connosco.

Aos membros dos GO!Runners, Barreto, Noivo, Sousa, etc...por me terem voltado a por o gosto da corrida na boca...

À minha mulher, fantástica por facilitar o máximo possível que esta minha loucura saudável seja possível...

Os treinos são agora 75% acompanhados... Os restantes sozinho...

Em Grupo ou Sozinhos?



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Um olhar sobre o VII Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos

A história desta prova tem uma lesão... Ela deveria ter sido escrita na versão 55km (ou 57, 58 e qualquer coisa) mas não foi...

O pé direito demorou bastante a voltar ao sítio, pelo que, após quase dois meses parado e com sensivelmente um mês de treino, resolvi fazer o downgrade (perdoem-me o estrageirismo) para a versão 25km...

Estive toda a semana nervoso com voltar a uma prova, e logo nocturna, pois os riscos de repetir uma entorse seriam enormes...

A preparação foi feita essencialmente por trabalho de força, e séries em passadeira, sem grandes incursões por estrada ou trilhos, maioritariamente 10km com os sempre excelentes timoneiros da Hora do Esquilo, ou então no meu mais recente projecto com o O2 Life Center e a sua Running Academy, nunca tendo feito grandes distâncias para não sobrecarregar as articulações.

Foi dia também de testar as Salming Trail T1, o meu novo brinquedo, com um drop de 5mm, favorecendo o Natural Running, que tem vindo a ser, de forma progressiva, a minha forma de encarar a corrida no que diz respeito à passada, por todos os benefícios que traz...
Como se portaram? Passaram com distinção, tendo adorado a leveza e o conforto, quer nas partes mais rolantes (vários km a 4 e qq coisa), quer pelas ruelas de empedrado por onde passamos ou pelos single track empedrados e com raizes...

Aqui ficou já um pouco de que foi a prova...

Esta prova é realmente mágica... Não sendo o tipo de prova que mais gosto pois é muito rolante, tem uma beleza paisagística que vale por tudo, os trilhos, as ruelas, as gentes na rua a aplaudir, a magestosa e misteriosa Lagoa de Óbidos e por fim o seu Castelo...

A partida fez-se pelas 21:30h, tendo antes sido feito o briefing com a explicação das marcações, seguida de uma partida simbólica do alto do castelo, que presumo teria como objectivo ser em corrida até ao local da partida oficial, mas o número elevado de atletas (1300) e de visitantes da vila impediram esse feito.

Foi uma prova que teve abastecimentos em qualidade e quantidade necessárias. O único reparo que lhe faço foi as deficientes marcações... Nunca me tinha sentido tão perdido numa prova, mas admito que o defeito possa ser meu...

As sensações na prova foram boas, o treino de força esta a fazer o efeito que se pretende, mas no entanto faltou a corrida para fazer frente aos inúmeros estradões que caracterizam o trajecto.

Para a história 2:45h de prova com uma quebra brutal por volta do km 19... Obrigado ao Nuno Barreto pela companhia e ao Paulo Marques pelo picanço (tenho de correr mais, não é Paulo? :P) Ps: Tenho para mim que a culpa mora no dorsal do Filipe... :D mas isso são outros mil...

Do pé nem senti-lo..




Para o ano contarei voltar, desta feita para experimentar a magia dos 55 km...


quarta-feira, 29 de julho de 2015

De volta às provas...

Após alguns momentos de ausência, volto de novo às corridas...

No sábado estarei presente no Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos...

O meu pé ainda dá ligeiros sinais pelo que ainda estou um pouco inseguro em relação ao seu comportamento pelo que decidi ir à prova de 25km ao invés da intenção original de ir aos 55km.

Durante este tempo tenho investido muito em mim, no meu treino de força, e estando mais pesado sinto-me bem mais leve... (novamente refiro que a intenção deste blogue não é passar nada técnico, somente sensações e experiências).

Melhorei a técnica de corrida e implementei um novo método de treino que irei testar nestes 25km...

Finalmente tenho em minha posse as minhas tão desejadas sapatilhas Salming Trail T1 que, apesar de ainda só terem 20km, já são uma pantufa nos meus pés... E ao contrario do que diz o Top Máquina, aqui é mesmo por pancada que falo delas...
Como o voltar aos trilhos envolve sempre uma certa dose de emoção e de pouca razão eis que me inscrevi nos 51 km do Trail Serra da Lousã, de modo a apimentar a minha vontade de correr...
Bons treinos a todos e até Sábado....

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O caminho da recuperação...

É tão bom quando dois mundos nos quais nós confiamos coincidem na opinião...

Pois bem... Foi isso mesmo que aconteceu...

Como referi, a minha lesão está relacionada com o cubóide... Quem mo disse foi o meu osteopata Rui Gama, no qual eu confio muito mesmo... 

Osso no sítio... falta agora a parte ligamentar/muscular/tendinosa...

Acupunctura... Nuno Barreto... Confirma o diagnostico e faz o tratamento... 



Já voltei aos treinos... suaves... terça 25 minutos na passadeira... hoje 30 minutos em estradão... 

Sem dor e sem abusar... passo a passo...

Pelo meio e como tenho feito até ao momento, treino de reforço muscular e treino metabólico no O2 Life Center...

Muitas alterações estão a ser projectadas no sentido de me tornar num corredor mais eficiente, e sendo eu um profissional da área, estou decidido a experimentar uma teoria de treino... vamos ver no que dá... 

Digo para já que ando a maior parte do dia descalço (e não me vou tornar barefoot runner)... Alguém tem alguma pista do que falo?


segunda-feira, 8 de junho de 2015

A história de uma lesão...

O ultimo treino que realizei...




Não me tem apetecido escrever sobre corrida... Gosto tanto de correr que não quis estar sequer a pensar em demasia nisto, pois iria deixar-me ainda mais piurso do que já estou!!!

Quem já me acompanha há algum tempo sabe do meu historial de lesões (entorses no tornozelo).

Pois bem... Desta vez bateu forte... Tão forte que estou sem correr há 21 dias precisamente...

Quem, como eu e vocês, gosta de correr, fica verdadeiramente a trepar paredes e a tentar de tudo para recuperar e poder voltar a correr... (eu já nem peço trilhos, só corrida).

Tudo começou na semana seguinte à prova dos Trilhos das Lampas... Prova que me correu muito bem, apesar de não ser bem a minha praia o demasiado corrível...


Nos dias seguintes (domingo e segunda) dei o devido descanso ao corpo, e na terça segui para um treino na hora do esquilo em que realizamos um trepador ao género contra relógio!!! Brutal...

Quarta repousei e na quinta volto aos esquilos, para mais um treino, treino no qual torço ligeiramente o pé... Desvalorizei pois foi só mais um daqueles toques mas que deixou uma impressão ligeira. Gelo, descanso... Sexta não treino, sábado também não e domingo tenho um treino mais afoito pelo Cabeço de Montachique em que o objectivo seria o desnível positivo.

Nesse treino tudo começou!!! Ainda em corrida e sem ter sofrido novo toque comecei a sentir em demasia o lado de fora do pé direito, com incidência na parte imediatamente seguinte ao perónio.

Daí para cá tenho andado em desespero à espera que a dor passe...

Pelo meio decidi reajustar o meu plano de treinos... Falarei disso em outro post...

Neste momento o diagnóstico está feito... tinha o cubóide fora do sitio e o perónio também,,,

Posso voltar a correr mas muito calmamente..,

quinta-feira, 7 de maio de 2015

V Ultra Trail de Sesimbra - Sou Ultramaratonista!!!!!

Quando em Dezembro voltei a participar em provas de trail, decidi que iria, durante o ano de 2015, realizar um ultratrail.

Rapidamente comecei a traçar um plano, o que passaria por escolher a prova na qual faria a minha estreia.

Recordo-me que na altura escolhi a ultra maratona das linhas de torres, que se realizará este fim-de-semana, na distância de 53km, de maneira a terminar em Mafra.
Contactei então o centro de treino da Associação O Mundo da Corrida, e comecei a receber o plano de treino mensalmente pelas mãos do Eduardo Santos.
Fui treinando, evoluindo, tendo boas e más sensações, duvidando de mim, do plano, do treinador, de tudo e de nada...

Num impulso, motivado pela adesão dos meus companheiros de equipa à prova, escolhi então o V Ultra Trail de Sesimbra na distância de 60km como o meu objectivo.
De lá, fiz diversos testes em provas, que me foram muitíssimo úteis, pois permitiram por a descoberto algumas das minhas fraquezas. 
Almourol foi o mais evidente, prova que me levou a desistir por desidratação, mas também por ter colocado a fasquia demasiado elevada para esta prova, e quanto mais alto é o voo, maior será a queda...

Esta frase andou na minha cabeça desde então, o que me fez repensar diversas vezes se seria capaz de o fazer... Afinal com 42 desisti, com os 60 iria cair de certeza...
Entre provas, realizei por equipas a Oikos Desafio 100 onde realizei 42 km, que me permitiram ganhar outra confiança em mim.

Deixei a decisão de participar ou não no ultra trail para a semana da prova... Tudo estaria dependente da meteorologia... E esta não me deixou mal... Mas ainda assim... Cheio de dúvidas... Cheio de vontade de ir aos 21km...

Falei com diversos amigos, companheiros de corrida, companheiros de equipa, todos me aconselharam... Todos tiveram uma participação importante nesta minha prova... Mas realço uma... A da minha mulher e filho. O dia 3 de maio era o dia da mãe... E eu deixei a minha mulher e o meu filho em casa sozinhos, para ser um desistente?!? E não me refiro somente ao dia da prova, mas também a todos os dias que sai para treinar e não estive ao pé deles... Se o fiz, se o tempo estava de feição, então teria de participar e terminar...

5 da manhã toca o despertador de uma noite mal dormida (45 em 45 minutos a acordar por uma má noite do meu filho), tomo o habitual pequeno almoço, equipo-me, e sigo ao encontro dos meus companheiros de equipa para rumarmos a Sesimbra.

Em Sesimbra... Dorsal... Equipamento... Espera... Dúvida... Que se lixe... VOU!!!!

Partida dada e sigo confortável... 1,2 km depois e... Estávamos a fazer o final da prova... Voltamos à partida...

Nova partida e lá vamos nós...

Um percurso espectacular, com uma paisagem brutal por entre as falésias... Andei entretido o tempo todo a correr em plano, andar nas subidas e não abusando das descidas... Estava a adorar a prova...

Cabo Espichel, continuo a adorar a prova... Continuo... Abastecimento do km 24... Raios ta partam areia... Passei a andar... Não sei precisar mas devem ter sido entre oito a dez km de areia entre praia e pinhal... Que trampa de prova... Pelo meio uma canja de galinha no abastecimento da praia do Meco... Sigo... A esta altura já na companhia do meu companheiro desde a areia, o Pedro Jaime. 

Abastecimento das bifanas... Que espectáculo... Presunto!!! Brutal!!! Estou bem disposto e o Nuno Ribeiro, que estava na disposição de ficar por ali ao km 40 junta-se a nós... Seguimos os três com um pacto... Terminarmos juntos!!! E assim foi... 

Conversa em conversa lá fomos nós por ali andando até que ao km 49 começo a sentir alguma fraqueza. Sento-me, tomo um gel e sigo viagem... Castelo!!! Esta quase... Serra do Risco.... Que seca!!! Curva para a direita, para a esquerda, pareceu que andamos às voltas sem sair do mesmo sítio... Começamos a correr bem... Que boa disposição e força... A meta está quase.... Esta ali... Brutal!!!! 

Sou ULTRAMARATONISTA!!!! Objectivo cumprido...

Massagem feita!!! (quase chorei de dores)

Rescaldo: sem dores musculares de maior... Adorei a prova... Fiz uma prova com o único objectivo de a terminar... Sem sequer ter tentado acelerar um pouco para não o por em risco... Fiz a prova em quase 11 horas, mas fiz...

Adorei o percurso, os abastecimentos bem adequados ao momento de prova, as marcações (as fitas poderão ser mais opácas)... Parabéns Associação O Mundo da Corrida...

Tenho vontade de voltar para o ano!!! E ser novamente um segundo metadista (que texto brilhante do Filipe Torres)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

"A redenção" - Oikos Desafio 100



Após o sucedido em Almourol, e as sequelas físicas que deixou em mim (parecia que tinha corrido uma distância absurda) chegou o desafio seguinte, a Oikos Desafio 100, uma prova de cariz não competitivo, com 8 etapas de 12,5km, divididas por dois dias...

Esta prova já estava nas minhas coagitações há muito tempo, pois acho que a correr também podemos e devemos dar mais, já que da corrida recebemos tanto!

Com a equipa que orgulhosamente represento, os GO!Runners e amigos juntamos oito corredores para nós lançarmos à aventura. 

No sábado, dirigi-me à localidade de Ribamar na Lourinhã para a partida para o primeiro dia de aventura. O desafio ao qual me tinha proposto inicialmente era os 50km, mas após o episódio de Almourol, em consonância com o meu planeamento, os 37,5km passaram a ser o meu objectivo, até porque estes coincidiram com a terra do meu coração, a Ericeira.

Consciente dos problemas que tive e fruto do aconselhamento do Rúben Monteiro, levei comigo uns comprimidos de sódio, potássio, magnésio e cálcio (Salt da ZipVit) para me ajudar a prevenir a desidratação e consequente fadiga muscular, comprimidos que tomei de etapa em etapa...

Como gel, deixei a habitual ZipVit e passei a utilizar um gel da Sponser (2 ao longo da prova), e comi antes da partida uma barra energética da Victory Endurance que são um espectáculo, produtos estes que adquiri na loja ATX cycling store.

Ora está receita funcionou às mil maravilhas em termos de suplementação e hidratação, se bem que neste campo tenho de agradecer ao Luís Neves Franco e ao João Planche, pelo constante lembrar aos meus ouvidos da água!!!
As etapas foram feitas em grupo, sempre com uma enorme boa disposição, com aquele ar da costa Oeste sempre presente, sendo as etapas maioritariamente perto da costa, o que tornou as vistas bem agradáveis. 

Foi um trajecto bem marcado, com uma enorme simpatia e presença da organização da prova, o que é de louvar... Lamento imenso o facto de não terem aderido mais atletas e equipas a este evento... Merecia!!!

Finda a terceira etapa que coincidiu com o parque de campismo da Ericeira, acompanhei o Luís Neves Franco e o Miguel Pisco até ao Hotel Vila Galé Ericeira, onde dei por terminada a minha participação nesta prova, partindo para um belo bitoque na cervejaria Fonte do Cabo!!!

Como sensações, fantástico, no dia seguinte estava pronto para mais...

Para o ano lá estarei... Talvez mesmo para os 100!!! A ver vamos o que o tempo nos reserva até lá!!!

O meu obrigado aos meu companheiros de viagem e a toda a equipa!!!




terça-feira, 21 de abril de 2015

O meu primeiro DNF - Trilhos de Almourol

Já lá vai algum tempo desde que os trilhos de Almourol decorreram, tempo o qual eu demorei a digerir e aceitar o que me aconteceu.

Antes que me esqueça, quero desde já agradecer a todos os meu companheiros de corrida que me aconselharam e ajudaram a ultrapassar este meu fracasso.

Quem anda no mundo da psicologia, decerto sabe o que são os efeitos causais... Estas são, abreviando e chamando os bois pelos nomes, as desculpas que arranjamos para justificar os nossos falhanços, tendo como bom exemplo disso o futebol, onde em quase todos os jogos ouvimos uma equipa que perdeu ou empatou a queixar-se do árbitro, que terá não assinalado uma falta duvidosa que poderia resultar em golo, e nunca ou quase nunca os ouvimos a referirem-se aos quatro lances que falharam de baliza aberta... Pois bem... Assim estive eu durante este tempo. 

Eu sei que me dou mal com o calor... Desidrato com facilidade...

Parti para esta prova com a ideia que iria estar muito calor e que iria necessitar de me hidratar bem durante a semana antecedente... Assim o fiz.

Sabia que teria de aumentar o glicogenio muscular para a prova... Assim o fiz...

Sabia que tinha de treinar bem (isto também significa descansar bem)... Assim o fiz...

Os meus tornozelos que tanta entorse tem sofrido foram fortalecidos diariamente....

O equipamento todo verificado e completo para a prova...

Tudo apontava para uma grande prova... Mas não foi...

Porquê?

Posso atribuir culpas a tudo e a todos menos a mim, como o fiz durante alguns dias... 

Ao calor, aos abastecimentos, ao cão, ao gato...

A culpa foi minha... Percebo agora que, fruto da minha inexperiência nestas andanças de provas longas, falhei na hidratação durante a prova, não bebendo nem com um ritmo certo nem na quantidade certa... 

Falhei também na definição do objetivo do tempo de prova... Para mim estar aos 23k com 3:20h de prova estava a ser um fracasso... (Como eu agora me apercebo que estava errado)...

Estas variáveis mexeram com a minha cabeça... De facto passei mal com a indicação, a frequência cardíaca não baixava mesmo quando andava... Senti tonturas... Tive de andar... Tive de me sentar...
Tive de fazer algo que nunca tinha treinado... 

Resultado: o meu primeiro DNF...

Atirei a toalha ao chão aos 27km de prova com 4h da mesma...

Com os erros se aprende... Desde que se faça uma reflexão ponderada do que nos aconteceu...

Assim o fiz... Espero ter aprendido...

Para o ano vou lá desforrar-me...

Quanto à prova pelo que pude observar: 

Hora de partida da maratona tardia...

Abastecimentos menos conseguidos...

Trilhos excepcionalmente bem marcados...

Constante acompanhamento pela organização ao longo do percurso...

Boas instalações para acolher o evento. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

E finalmente Natural Running

Quem priva comigo há algum tempo conhece a minha loucura e paixão pela corrida natural...

É um fascínio que tenho sustentado por evidências científicas que não são o objectivo deste blogue, também elas passíveis do contraditório, mas nas quais eu acredito enquanto profissional do desporto e corredor por prazer...

Há alguns anos, na faculdade, conversava com um colega, muito ligado ao floorball, um desporto pouco divulgado em Portugal (para conhecerem melhor podem segui a ligação), e ele falou-me de uma marca de origem sueca, muito reputada ao nível do andebol, que viria para Portugal com uma linha de natural running, de seu nome Salming.

Pois eis que chegou a altura de começar...

O modelo que estou a usar é o Distance, modelo destinado a distâncias mais longas (a marca disponibiliza mais 3 modelos de estrada e um de trail). Este modelo pesa somente 240g (US 9), e está concebido para durar...
Com um drop reduzido (5mm) favorecem a transição perfeita para o ataque ao solo com a parte dianteira do pé...


Esta transição de ataque ao solo com o calcanhar para a parte dianteira deve ser feita de forma progressiva pelo que escolhi realizar apenas 2 treinos por semana com elas para já, aumentando de forma progressiva as sessões, quer em quantidade, tempo ou distância.

Realizei um primeiro treino com as Salming Distance e senti-me perfeitamente confortável ao calçar e ao correr, notando de forma imediata a tendência natural de o corpo se adaptar a esta realidade, projectando mais a bacia e passando a ter uma passada com uma maior cadência...

No rescaldo deste treino sente-se um trabalhar anormal dos gémeos uma vez que o seu recrutamento é maior neste tipo de passada, daí a necessidade de se fazer uma transição progressiva, por forma a habituar o corpo as este estilo de corrida que acredito ser o mais correcto para prevenir lesões e melhorar a nossa corrida.

Para quem quiser conhecer melhor esta marca e o que é o Natural Running, a Salming disponibiliza uma série de vídeos e informação no seu site que passo a indicar.

http://www.salming.pt/running/index.html

Eu cá vou continuar a deliciar-me com as maravilhas da corrida natural com as Salming Distance, esperando ansiosamente pelas suas irmãs destinadas ao Trail Running, as Salming T1.



quinta-feira, 9 de abril de 2015

Fortalecimento do tornozelo... a minha guerra...

Todos os que se dedicam ao mundo da corrida, seja ele em asfalto ou em trilhos (aqui com maior incidência) já experimentaram ou irão experimentar o amargo sabor de um pé mal colocado e... Pum!!! Entorse da tibiotársica!!! Seja por força do acaso ou por fragilidade, a entorse no tornozelo pode vir a revelar-se uma verdadeira dor de cabeça. 
É este o meu sentimento neste momento!!! Estou claramente com uma fragilidade nos tornozelos o que me leva às chamadas entorses por repetição. Isto levou-me a traçar um plano de acção para solucionar este problema. Ando a realizar estes exercícios de fortalecimento diariamente, fazendo 20 repetições por pé de cada exercício. Poderemos juntar muitos mais tais como exercícios de propriocepção, mas deixo aqui apenas estes de fazer por casa enquanto estamos a ver televisão. Para o efeito só necessitamos de uma banda elástica e nada mais.  
Aqui fica a minha sequência:





















E cá está!!! Uma forma rápida e eficaz de realizar fortalecimento aos tornozelos... Claro que existem outras formas e métodos, este é aquele que eu estou a usar... 
Bons treinos











segunda-feira, 6 de abril de 2015

Os meus primeiros 42 (Os LOUCOS DO MIUT)

Aproxima-se a data... Aguardo com ansiedade e expectativa... Sinto-me capaz... Vejo o gráfico de altimetria e começo a estudar os abastecimentos... Olho para o tempo que fará e lembro-me o que me dizem desta prova... Sinto as mazelas que os treinos têm provocado no meu corpo... Faço reforço aos tornozelos que se queixam... Defino estratégias de alimentação durante a semana... Massa... Líquidos... Repouso...

Isto sou eu esta semana... Ando de certo modo doente com isto... doente no bom sentido...

Estou alegre e confiante... Treinei bem... Só preciso de fazer uma gestão correcta do meu ritmo de prova... Esse é o grande segredo... Manter o meu ritmo e não me deixar ir em grandes aventuras (para mim esta já é uma grande aventura...)

Venha Almourol!!! O treino já está feito!!!

Em paralelo, alguns amigos e conhecidos irão embarcar naquela que um dia também poderá ser a minha loucura... O MIUT.

A eles, heróis, Sommer, Pedro Tomás Luiz, Marcelo Dias, Rubén Monteiro, Pedro Conceição, Filipe Torres o meu obrigado pela inspiração!!! Ao pé de Vós sou pequeno... Mas citando o Sommer "A questão é quanto mais kms fazemos, menos temos a noção dos kms que fazemos.
Um amigo meu no outro dia, disse que caiu na real, quando, em conversa, um amigo dele lhe disse que estava todo partido do treino longo, vem-se a saber o longo era de 16kms.
A dificuldade, tal como o amor, está nos olhos de quem vê.
Acho mesmo que não devemos, nem podemos subestimar o esforço de quem quer que seja, em fazer o que for."


Este excerto de um dos muitos textos com que nos brinda e delícia na página dos Loucos Trail Running é um hino à humildade, que me faz lembrar que 1km pode ser um esforço brutal (como já o foi para mim) e que agora penso, nos treinos faço 35km nas calmas... São só mais 7km...

Venham elas... Venham as provas para as quais treinámos!!! Ninguém começa uma prova destas para não terminar... Portanto Vamos A Elas!!!


segunda-feira, 23 de março de 2015

Trail de Almeirim

Trail de Almeirim ou como certamente como todos os que lá estiveram preferirão, I TRAIL DE ALMEIRIM!

Desde já destaco a simpatia do enorme João Colaço, que tenho lá no topo das minhas referências como Trail Runner.

Quanto à prova, nem sei por onde começar... Mas talvez pela única falha apontável a esta organização: faltou a cerveja :)))))....

Tive a felicidade de me ter saído em sorteio pelo blogue quarenta e dois, a inscrição para esta prova... QUE SORTE!!! Se existem provas que não se querem perder são estas. 


Começando pela localização. Junto ao Centro Cultural de Fazendas de Almeirim, foi colocada a partida e chegada das provas... Neste local, várias bancas com expositores e onde tive o primeiro contacto com as Salming Trail t1, que tanto aguardo, e que só vieram confirmar as minhas expectativas, parecem brutais!!!
Fotografia de Atletismo Almeirim
Fotografia de Salming Running Portugal

A entrega dos kits de participação decorreu com rapidez e eficiência, o que disponibilizou bastante tempo para descontrair antes da prova. 



Fotografia de A20k -  Trail Running Team

Dada a partida após o briefing, saímos por alcatrão durante 500 a 600 metros (a mesma distância à chegada) que foram quase os únicos troços com asfalto em 30km (Melhor é difícil), entrando então num percurso por eucaliptal ao género carrossel, por single tracks, estradões, até começarmos a encontrar as paredes que mais dificultaram a prova (900m desnível positivo).

As marcações foram ao longo da prova irrepreensíveis! Percurso bem sinalizado com placas, indicativas da quilometragem, piadas e avisos de perigos...

Fotografia de Atletismo Almeirim


Os abastecimentos foram em quantidade e em qualidade (6 no total)... Salgados, sal, isotónico, água, Coca-Cola, vinho, marmelada, bolos, tostas com creme de avelã ou chocolate (não provei), banana, laranja e se me está a falhar algo a organização que me perdoe a minha falha...

Fotografia de Carmem Almeida

Os banhos foram com água quente, no pavilhão da escola, onde decorreu o almoço num pavilhão anexo.

O almoço novamente não desiludiu, composto pela bela e generosa bifana, sopa da pedra, doce (com possibilidade de repetir) e bebida à descrição (vinho branco e tinto, sumol e 7up).

Em termos fotográficos, no próprio dia começaram a surgir as primeiras fotos, dos muitos fotógrafos presentes ao longo do percurso.

APETECE-ME DIZER A MUITAS ORGANIZAÇÕES EXPERIMENTADAS QUE APRENDAM COM ESTA ORGANIZAÇÃO!!!

Espero portanto que este seja o primeiro Trail de Almeirim e não somente Trail de Almeirim. 

Com esta qualidade estarei sempre presente nas vossas provas. Bem hajam pela iniciativa e pela competência, mostrando que é possível fazer do barato caro e do caro barato!!! No Vosso caso claramente que todos saíram com a sensação de uma prova barata!!! (Agora não se estiquem :)))

Em termos pessoais, mais uma vez repeti a sensação de desidratação, quebrando aos 22 km, e tendo a companhia e companheirismo do Nuno, que me rebocou e esperou por mim... Definitivamente tenho de treinar o calor...

Melhores dias virão...